Viajando com meu beagle para o Rio de Janeiro

Cachorro no pier da Barra da Tijuca

Viajar com um beagle para o Rio de Janeiro não é difícil mas exige uma certa preparação.

Não é a primeira vez que o Max viaja para o Rio e definitivamente não é primeira vez que ele viaja comigo! Quem nos acompanha no Instagram já deve ter reparado que eu sou fã de viajar com meu beagle, principalmente para a serra. Aliás, se quiser saber mais sobre nossos dias em Gonçalves e São Francisco Xavier, é só clicar aqui!

Mas dessa vez foi diferente porque foi a primeira vez que ficamos em um hotel. Eu tenho hábito de alugar casas no Airbnb e por isso nunca tive problemas com o Max, nem precisei ficar preocupada com papelada e comprovantes. Pelo Airbnb você conversa com o proprietário antes mesmo de alugar, já sabendo de antemão as regras da casa em relação ao cachorro.

Em um hotel, é claro que você também fica sabendo das regras antes de alugar um quarto… é exatamente essas regras que complicou um pouco as coisas.

Na verdade, uma das regras:

Eles fazem exigência da carteira de vacinação.

_Vacinas:

E eu não tenho hábito de vacinar o Max todos os anos, com a orientação da médica veterinária que acompanha ele. 

Antes de continuar o assunto, gostaria de esclarecer aqui que sou pró-vacina. A vacinação de filhotes é de extrema importância e é a única coisa que pode proteger um cão de doenças como parvovirose e cinomose. Doenças que podem matar um filhote muito rápido e até um cão adulto também. Então vá a um veterinário de sua confiança e decida com ele o protocolo vacinal que melhor se aplica ao seu cachorro.

Mas hoje já sabemos que a vacina de filhote confere uma imunidade aos cães por um bom tempo, sendo a vacinação anual desnecessária. E aí que veio a complicação em relação a ficar em um hotel. Eu não tenho carteira de vacinação ‘em dia’ para mostrar.

Então fui conversar com a veterinária dele. Decidimos fazer um exame chamado titulação de anticorpos vacinais, que mostra se o cachorro está imunizado para as doenças que a V8/V10 protegem. O resultado do Max foi ótimo, score máximo, comprovando que ele está sim imune e não precisava mesmo ser revacinado.

Só que a principal questão é a vacina da raiva. Ela é a única exigida pela legislação brasileira por ser uma doença transmissível para humanos. Existe um exame de titulação de anticorpos para essa vacina também mas além de ser mais de mil reais, impossível para meu bolso, não tenho segurança de que vai ser o suficiente para o hotel, por causa da lei brasileira.

Decidimos então, eu e a vet, aplicar a vacina no Max, mesmo ele tendo tomado em novembro do ano passado (2020). E foi uma boa decisão porque foi o único comprovante que eles pediram no hotel.

E essa foi a parte mais complicada da preparação para a viagem. O resto foi o de sempre: alugar carro, arrumar as coisas, porcionar a comida no Max…

_Alimentação:

Uma mudança que eu fiz foi cozinhar a comida dele. Quando viajamos e ele vai ficar comigo o tempo todo, e a gente fica numa casa com geladeira normal, eu levo a alimentação crua mesmo, como ele come em casa. Nunca tive problema. Mas como ele ia ficar na casa de outra pessoa e congelador de frigobar de hotel não é a mesma coisa que o de geladeira normal, decidi cozinhar a comida e levar assim.

Tudo já porcionado, com kongs e brinquedos de enriquecimento ambiental prontos, eu tenho uma bolsa térmica muito boa que segura bem o congelado, mantendo tudo certinho durando o caminho.

_Viagem:

Vijamos dia 23 ao dia 27 de Dezembro, 2021 de carro, Na ida enfrentamos estrada cheia com muito trânsito e na volta a estrada estava até vazia mas pegamos uma tempestade como eu nunca tinha enfrentado na estrada antes!

Mas o que importa é que o cachorro não enjoou e suportou muito bem as longas horas no carro, nos dois dias.

_Hotel:

Chegamos no Rio quase sete horas da noite, ficamos no hotel Ibis, na Barra da Tijuca e ele foi muito bem recebido tanto por funcionários quanto pelos outros hospedes. Tinha mais alguns cachorros no hotel mas a regra de lá é de os cães devem estar sempre na coleira nas áreas comuns então não tivemos nenhum encontro inesperado com outros cachorros.

O hotel é agradável, bem padrão Ibis que quem já ficou em um sabe como é. Quarto com tamanho ok, banheiro confortável, silencioso, moderninho, ar condicionado perfeito para o calor carioca. Não posso reclamar. O tratamento de seguranças e do pessoal do restaurante com o Max foi maravilhoso e me surpreendeu!

_Passeios:

Na chegada eu estava muito cansada de dirigir então só demos uma volta no calçadão para esticar as pernas, fazer um exercício e deixar o Max ir ao banheiro e fomos dormir. Max se comportou muito bem no quarto, não fez xixi e quase não latiu. Fiquei muito satisfeita.

No dia seguinte, acordamos cedinho e pegamos uma praia ainda bem vazia que estava maravilhosa. Em frente ao hotel é a praia do Pepê, perto do píer e do Canal da Lagoa da Tijuca. Quando ficou calor demais, fomos nos refugiar no ar condicionado do Barra Shopping e demos um pulo no parcão de lá que é bem legal. Dia 26 pela manhã foi dia de praia novamente. Dessa vez fomos na praia da Reserva, uma das minhas favoritas do Rio, ainda meio rústica, sem prédios e casas aos redor.

Mas como era fim de semana, domingo, já por volta das 8h30 a praia já estava lotada, o que me deixa meio agoniada então fomos embora. Um banho e uma ida até o Shopping Downtown para almoçar e aproveitar umas horinhas antes de voltar para o hotel. O shopping é agradável, aberto, estava relativamente vazio e tem uns jardins sombreados que são bem agradáveis.

_DogHero

Uma outra parte potencialmente complicada da viagem foi deixar o Max com um DogHero. Por causa da ansiedade de separação dele, é delicado escolher um lugar para ele ficar. Tinha que ser alguém que não fosse sair para a ceia do Natal… Dei sorte de achar um casal, bem perto de onde eu fiquei para a festa de Natal da minha família. Eles disseram que correu tudo bem, Max teve um momento de ansiedade mas nada que um kong e uma voltinha não resolvesse. Ele dormiu uma noite lá do dia 24 para o 25 de dia. Fui buscar ele de tardinha.

Ele estava bem calmo quando peguei ele, o que é sinal para mim de que foi tudo bem mesmo. Normalmente quando alguma coisa deu errado, Max fica muito agitado, sem conseguir relaxar. Depois que chegamos no hotel, demos uma volta pelo calçadão e fomos para o quarto e ele dormiu rapidinho.

_Então:

No final das contas, tudo foi melhor do que eu poderia esperar.

Fiz certo em vacinar o Max contra a raiva, mesmo que contrariada. Foi uma segurança de que não ia ter imprevistos.

Acho que fiz bem em levar ele comigo para o Rio e deixar lá com um DogHero ao invés de procurar um local para deixar ele aqui em São Paulo. Fiquei menos preocupada e pude aproveitar melhor as festas de Natal. Se alguma coisa acontecesse e ele precisasse de suporte, eu estava pertinho para resolver.

Recomendo o hotel, tanto pela localização, na Av. do Pepê, quanto pela boa receptividade dos funcionários com o Max. 

Se você chegou até aqui e quiser ver nosso vlog sobre a viagem é só clicar aqui!

Agora é hora de planejar a aproxima viagem!

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